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- 03/08/2020
Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a
Controladoria-Geral da União (CGU) já recebeu 680 denúncias de assédio moral,
feitas por funcionários públicos federais. O número equivale a mais de uma
denúncia por dia. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Entre janeiro de julho de 2020, foram 254 registros. Em 2019, durante todo o ano, foram 426 reclamações por assédio moral. Os números cresceram em relação a gestão de Michel Temer (MDB): em 2018 foram 356 casos, enquanto em 2017 foram 285.
A CGU afirma que os números cresceram por causa do
crescimento de usuários na plataforma Fala.br, plataforma para denunciar supostos
assédios.
As instituições quem mais tiveram reclamações são os ministérios da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Educação, Saúde e Economia. Também estão no ranking a Polícia Federal e a CGU, além de instituições de ensino, como a Universidade Federal de Goiás.
À Folha, alguns servidores afirmam que foram perseguidos por questões ideológicas.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,
comandado por Damares Alves, afirmou que há só uma denúncia por assédio moral
sob apuração. Em nota enviada ao jornal, a pasta afirmou que, em 2018, outras
denúncias foram feitas e apuradas, mas foram arquivadas por falta de indícios e
de materialidade de infração.
Já a Saúde garantiu que repudia condutas que sejam contra a ética e ao profissionalismo na relação de trabalho. O ministério garantiu que eventuais denúncias serão apuradas.O BNDES negou demissão arbitrária, apenas uma por justa causa.
Outros órgãos que estão na lista não responderam aos questionamentos do jornal.