Correio Braziliense - 04/10/2020
Em setembro, o governo chegou a ameaçar os peritos com corte
de ponto e cerrada vigilância aos profissionais que não iam às agências do INSS
A briga entre o governo e médicos peritos federais está
longe de acabar. A categoria foi pressionada para retornar ao trabalho presencial,
porém, conforme a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), agora que
todos estão a postos — à exceção dos que integram grupos de risco para a
covid-19 ou de férias —, as perícias não são agendadas.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social, em nota conjunta, informam que, nesta sexta-feira, de 1.130 peritos médicos federais (71%) que deveriam ter retornado às agências, 808 compareceram. “Foram realizadas, até às 17 horas, 7.177 perícias presenciais. Esses atendimentos ocorreram em 248 agências”, destaca a nota.
Detalhes e informações sobre os atendimentos podem ser
consultados no site covid.inss.gov.br. Mas, em ofício, a ANMP cobrou agilidade
ao secretário Bruno Bianco para as agendas incompletas ou vazias. “A ANMP e a
categoria foram duramente acusadas por vossa secretaria, pelo INSS e pela mídia
de não querer retornar ao trabalho, causando grave prejuízo aos segurados”,
afirma a associação. Porém, após vistoria técnicas, “qual a nossa surpresa de
constatar que, ao longo dos últimos dias, agendas de centenas de peritos
médicos federais, em diversas unidades da Federação, não estão sendo
completadas em sua integralidade com segurados.” Em setembro, o governo chegou
a ameaçar os peritos com...
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