Jornal Extra
- 09/03/2021
Pressionado pela chamada bancada da bala, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira a possibilidade de fatiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial para preservar forças de segurança, como policiais, de medidas como a proibição do reajuste salarial. Segundo Bolsonaro, a decisão deve ser tomada para evitar que o texto seja rejeitado ou tenha que voltar ao Senado.
A solução, de acordo com Bolsonaro, será suprimir do
relatório do deputado Daniel Freitas (PSL-SC) os pontos sensívels para as
categorias da segurança pública. Os três artigos, ainda a serem detalhados,
seriam apresentados em uma nova proposta e tramitariam em paralelo. Freitas
esteve com o presidente hoje no Palácio do Planalto e vai levar a sugestão para
líderes partidiários e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
- A PEC ideal é aquela que vai ser aprovada pela Câmara. E tinha problemas ali na Câmara. Eu sou presidente, não devo interferir. Mas conversei com o relator, com o Arthur Lira... A bancada da segurança, que tem mais ou menos 50 parlamentares, queria mudanças. Da minha parte, falei com o relator que ele poderia correr o risco de não conseguir aprovar se não mexesse em três artigos - declarou Bolsonaro.
O presidente contou que Freitas deve dialogar com líderes e com Lira ainda hoje "pela supressão desses artigos para que ela não volte ao Senado ou pior, não seja aprovado".
- Vale lembrar que essas emendas supressivas não voltam ao Senado. Essas três ficam de fora, e pode ser criada uma PEC paralela e tramitar normalmente como outra PEC qualquer - explicou.
Ao sair do Planalto, Freitas afirmou a jornalistas que o
relatório ainda não está fechado e que só vai concluir o parecer após...
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