Folha de S. Paulo
- 10/07/2012
SÃO PAULO - A CUT (Central Única dos Trabalhadores) promete
intensificar o movimento de greve no funcionalismo público federal se não
houver uma resposta do governo para as demandas dos servidores até a próxima
semana.
"As negociações não avançaram em nada. O governo adotou
inclusive a postura de retaliar a greve, mandando cortar ponto. O que buscamos
é qualidade [da resposta], que o governo tenha capacidade de dizer não, porque
nem isso tem", afirma Pedro Armengol, coordenador do setor público da
central.
A CUT prepara uma manifestação para a próxima semana, em
Brasília. Entre os dias 16 e 20, grevistas devem acampar na Esplanada dos
Ministérios. No último dia do ato, ocorrerá uma plenária para definir os
próximos passos da greve.
Até lá, outras manifestações são esperadas: policiais rodoviários
federais realizam hoje uma passeata para pressionar por uma reestruturação do
plano de carreira. Amanhã, será a vez dos agentes, escrivães e papiloscopistas
da Polícia Federal.
O Ministério do Planejamento afirma que pretende apresentar
até o final de julho sua proposta para todas as categorias. O prazo legal
termina em agosto, quando é encaminhado ao Congresso o Orçamento de 2013.
Segundo o governo, as demandas representam impacto de R$ 92
bilhões na folha.