sexta-feira, 27 de julho de 2012

Greve no IBGE prejudica PME



Correio Braziliense     -     27/07/2012




A greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu a divulgação completa da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Em função do deficit no efetivo, os dados do estado do Rio de Janeiro não puderam ser compilados, o que resultou na não divulgação da taxa média de desemprego do país relativa a junho. O grande risco apontado pelo Sindicado Nacional dos Trabalhadores do IBGE (AssIBGE) é de que a paralisação, que já dura um mês, prejudique também a divulgação de outras pesquisas, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, principal medidor da inflação no país.

A confiabilidade dos dados da PME divulgados também pode estar comprometida. É a primeira vez na história da pesquisa, iniciada em 2002, que o índice não é divulgado de forma completa. A diretora do sindicato, Susana Drumond, explica que os dados geralmente são coletados por trabalhadores temporários e supervisionados por servidores efetivos, que estão paralisados. Só então os números são enviados para análise. "No Rio de Janeiro, uma parte dos dados é coletada por efetivos e outra, por temporários. Os servidores chegaram a levantar as informações, mas não repassaram. Dessa forma, não há previsão para que o resultado seja divulgado", explica.

Dados confiáveis

Os servidores do IBGE reivindicam aumento salarial de 22%, reformulação do plano de carreira, paridade entre funcionários ativos e aposentados e realização de novos processos seletivos para contratação de servidores. A assessoria de imprensa do instituto confirma que não se sabe quando o resultado completo da pesquisa de emprego ficará pronto, mas garante que os dados veiculados são confiáveis e que as outras pesquisas devem sair sem nenhum prejuízo nas próximas semanas.

De volta ao trabalho

Os trabalhadores da Eletrobras decidiram ontem pelo fim da greve no DF. As entidades representativas dos eletricitários em outros estados devem analisar a proposta da empresa e chegar a uma conclusão ainda hoje. Na capital federal, a categoria aceitou reajuste salarial retroativo a maio de 6,6% e abono com quatro talões de tíquetes-alimentação. Mas, em repúdio a uma nota da Eletrobras antecipando o fim da paralisação — o que foi considerado como desrespeitoso pela categoria —, os trabalhadores do DF só devem voltar às atividades na próxima segunda-feira.


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