Jorge Freitas
Correio Braziliense - 06/07/2012
Governo diz que depende de arranjos da equipe econômica para
mediações com grevistas e pede prazo. Mas garante: haverá propostas
O Ministério do Planejamento aguarda resoluções
macroeconômicas do Palácio do Planalto e do Ministério da Fazenda para formular
uma proposta aos funcionários do Executivo que estão em greve desde o último
dia 18, disse ontem o secretário de Relações do Trabalho da pasta, Sérgio
Mendonça. Nas mais de 140 reuniões que já realizou com lideranças das diversas
carreiras de servidores que estão de braços cruzados, Mendonça vem buscando
aspectos que permitam diálogo.
"Estamos conversando e identificando pontos que possam
servir para um acordo. Ainda não apresentamos proposta formal, mas isso não
quer dizer que não haverá proposta. Nosso desejo é que haja avanço até o prazo
legal de 31 de julho. Defendemos parâmetros que mantenham os equilíbrios fiscal
e do Orçamento de 2013", afirmou. Na pauta unificada de reivindicações,
destacam-se a definição da data-base em 1º de maio, uma política salarial
permanente com reposição inflacionária, a valorização do salário-base, a
incorporação das gratificações e a paridade entre ativos, aposentados e
pensionistas.
A presidente do Sindicatos dos Auditores da Receita
Federal(Sindireceita), Sílvia Helena Felismino, disse que a categoria só vai
aderir ao movimento depois do dia 31. Os auditores querem aumento de salários
com correção da inflação e restruturação da carreira "política de
contenção com vistas a alcançar ou elevar as metas do superávit primário mostra
sua nocividade para o país. Uma análise das recentes graves crises como a do
sistema aéreo e a da segurança aponta para a falta de investimentos em recursos
materiais", afirmou.