Segundo Bernardo, o Brasil passou por um período em que o Estado esteve desorganizado e pouco preparado para atender às demandas da população. A inflação galopante não deixava espaço para ações de gestão e planejamento. Todas as ferramentas de Estado estavam voltadas para dominar a inflação e vários planos econômicos se seguiram até que o país finalmente conseguisse alcançar a estabilização econômica.
Em seguida, anos de ajuste fiscal levaram o Estado a uma “tarefa hercúlea” de conseguir receitas e a administração pública investiu muito na máquina arrecadatória e fiscalizadora e se formaram “ilhas de excelência no serviço público” como a receita federal. Mas do outro lado, o atendimento ao cidadão, a prestação de serviços, a execução de projetos de investimento, deixaram a desejar.
Paulo Bernardo destacou que desde 2003, o governo federal vem trabalhando para mudar este quadro ao investir na criação de novas carreiras e na profissionalização do serviço público. Foram autorizadas cerca de 173 mil vagas para concurso público, sendo cerca de 80 mil para a área de educação, segurança e atendimento à população como INSS.
Segundo Bernardo, é importante que os participantes do Congresso que reúne cerca de 1.700 gestores públicos das esferas federal, estadual e municipal tenham a exata noção de que o atendimento ao cidadão deva ser a prioridade na definição das políticas de governo. Acrescentou que o Congresso é o fórum ideal para a troca de novas experiências que deram certo no sentido de oferecer melhores práticas e resultados para a população.
“Estamos avançando muito na direção da transparência dos atos da administração pública”, destacou o Ministro.