Coluna do Servidor - Alessandra Horto O Dia - 12/05/2010
Servidores do Poder Judiciário Federal foram surpreendidos ontem com a declaração do líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Ele afirmou que “ninguém vai dar 56% de reajuste para ninguém”, ao comentar a solicitação de aumento ao Judiciário, encaminhada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Casa em dezembro de 2009. Ele completou que o assunto não será incluído na pauta antes das eleições e ainda disse que “56 % de aumento para qualquer categoria, realmente, é muito”.
De acordo como texto, a remuneração inicial dos analistas vai subir de R$ 6,5 mil para R$ 10,2mil.
O salário final seria reajustado de R$10,4 mil para R$ 16,3 mil. Segundo o STF, a remuneração inicial de técnico aumentaria de R$ 3.993 para R$6.104. Já o salário final para a carreira mudaria dos atuais R$ 6.360 para R$ 9.948.
O texto está na Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos (CTASP) e ainda precisar passar pelas Comissões de Finanças e Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Casa informou que, para acelerar a aprovação do reajuste, seria necessário que o documento tramitasse em regime de urgência.
Nesse caso, o pedido deveria partir dos próprios líderes e, em seguida, seria necessária aprovação pelo Plenário da Câmara. Se o procedimento fosse realizado, o projeto entraria na pauta de votação em sessão extraordinária.
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDBSP), reuniu-se ontem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, e demais líderes de partidos. Temer negou que o tema da conversa tenha sido o aumento dos servidores do Poder Judiciário: “O presidente Peluso veio à Câmara para uma visita de cortesia. Não se falou em aumento, não se tocou nesse assunto.
Ele teve até a delicadeza de não tocar no assunto”.
Hoje, os servidores da Justiça Federal em todo o País continuam agreve iniciada ontem. No Rio, parte da categoria cruzou os braços
Hoje, servidores do Judiciário Federal continuam em greve.