Blog do Servidor -
04/12/2011
O governo federal terá uma despesa extra bilionária nos
próximos anos. Em meio à crise econômica que assola a Europa e ameaça a
estabilidade do mundo, inclusive a do Brasil, os cofres públicos terão de arcar
com o pagamento de gratificações de desempenho — criadas para aumentar os
salários e premiar quem, de fato, produz — a milhares de servidores aposentados
e pensionistas. Somente a Procuradoria-Geral da União (PGU), ligada à
Advocacia-Geral da União (AGU), analisa 200 mil processos judiciais que,
acumulados nas varas federais e tribunais regionais federais de todo o país,
tratam dos pedidos de inativos que querem o direito a receber a totalidade dos
benefícios pagos aos que estão em atividade.
Na melhor hipótese, se as ações forem individuais, o rombo
chegará a R$ 600 milhões. Estima-se, no entanto, que, se todos os que tiverem
direito recorrerem à Justiça, a fatura alcance a cifra de R$ 5 bilhões. Como o
advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, já reconheceu o direito dos
inativos em normativos internos, já é certo que o governo deverá abrir os
cofres para atender a esses 200 mil processos, ainda sem data para serem
concluídos.