O Globo - 22/12/2011
Vontade é aumentar valor em um terço
BRASÍLIA. Sob pressão dos colegas, o presidente da Câmara,
deputado Marco Maia (PT-RS), tentou até a última hora criar uma brecha no
Orçamento da União de 2012 para reajustar a verba de gabinete, que paga os
salários dos servidores que trabalham nos gabinetes dos deputados. Mas, diante
da resistência do relator-geral do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia
(PT-SP) - o que causou mal-estar entre os dois -, Marco Maia avisou aos
principais líderes que deve "congelar" a decisão para o início de 2012.
Maia está disposto a elevar a verba de gabinete de R$60 mil
para R$80 mil, o que geraria um impacto de R$175 milhões ao ano. Vai esperar,
porém, passar o processo de discussão e votação do Orçamento, cujo parecer
final não previu qualquer verba para esse gasto. A saída em negociação é, no
início do ano, o próprio governo concordar em autorizar um crédito adicional
para fazer frente a um aumento dessa despesa.
Maia foi aconselhado a esperar esfriar as pressões,
principalmente por causa do discurso determinado da presidente Dilma Rousseff
de não aprovar qualquer aumento de salários em 2012.