Valor Econômico
- 03/07/2012
Brasília - O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU),
Luís Inácio Adams, afirmou nesta segunda-feira que o “Estado não vai parar” por
causa das greves de servidores públicos em várias regiões do país. “Vamos atuar
para garantir o funcionamento das instituições e para preservar os direitos e
as funções essenciais do Estado”, afirmou o ministro, ao participar de evento
que comemora os dez anos de criação da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão
da AGU.
Adams disse que a AGU está recebendo informação dos órgãos e
ministérios atingidos pelas greves e que ainda está “preparando ações para
garantir o funcionamento mínimo” dos órgãos da União. No entanto, não deu
detalhes sobre quais ações podem ser adotadas pelo governo para coibir
paralisações que prejudiquem o acesso da população aos serviços básicos.
Sobre o caso específico da paralisação dos professores
universitários, o advogado-geral da União disse que a instituição está
aguardando o processo de negociação do governo com a categoria e o
posicionamento do Ministério da Educação. “Esse processo [de negociação], ao
que fui informado, ainda não teve êxito, mas isso não vai parar a nossa
atuação. Quando tivermos todas as informações indispensáveis à ação da AGU
vamos atuar.”
Números do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições
de Ensino Superior (Andes) do último dia 27 apontam que a greve dos professores
atingiu 95% das universidades federais e dos institutos federais de educação,
além de 100% dos centros federais de educação tecnológica (Cefets). A paralisação
da categoria já dura mais de 40 dias.