Agência Brasil -
03/07/2012
Brasília - A ministra das Relações Institucionais, Ideli
Salvatti, demonstrou hoje (3) preocupação com os efeitos para a economia da
emenda apresentada à Lei de Diretrizes Orçamentárias que prevê autonomia para
reajuste salarial ao Judiciário, Legislativo e ao Ministério Público. Na
avaliação da ministra, é preciso que todos estejam comprometimento neste
momento de crise econômica internacional.
“A Comissão de Tributação e Finanças aprovou o percentual
para reajustes praticamente automáticos do Judiciário, Legislativo e do
Ministério Público. É um percentual sobre o qual não haverá possibilidade de
debate, fica automático e terá que ser bancado. Pelos cálculos que fizeram,
daria mais de R$ 10 bilhões a mais só para o Orçamento do ano que vem”, disse
em encontro com jornalistas.
Para mostrar que o impacto do reajuste é elevado, a ministra
fez uma comparação com o valor liberado pelo governo para uma medida destinada
a aquecer a economia que foi a antecipação de compras governamentais, anunciada
na semana passada. “Você pode fazer uma comparação com a antecipação das
compras governamentais que tem recursos de R$ 8 bilhões e é uma medida de
aquecimento da economia, de geração de emprego e renda, de prestação de
serviços.”
Com a divulgação dos salários dos servidores do Executivo e
as que ainda devem ocorrer do Legislativo e Judiciário, baseados na Lei de
Acesso a Informação, a ministra disse que “vai ficar claro que a média salarial
é muito significativa”.
Na avaliação da ministra, é legítimo que o Congresso
Nacional paute os temas que considera adequados, mas é preciso levar em conta
que o momento exige austeridade, em função dos efeitos da crise financeira já
sentidos no Brasil.
“Vamos continuar fazendo a ponderação dentro do que é
possível e tem impacto sobre a crise. A prioridade do Brasil é não permitir que
os efeitos da crise, que não criamos, nos afete. Para isso, temos que ter o
esforço e a contribuição de todos”, explicou.