Agência Brasil
- 03/07/2012
Brasília – A greve dos servidores públicos federais segue
sem prazo para terminar. Hoje (3), a paralisação chegou ao 16º dia e atinge 22
estados e o Distrito Federal, em 26 setores. Segundo a assessoria de imprensa
do Ministério do Planejamento e Gestão (Mpog), o processo de negociação está em
andamento e a expectativa é que em 31 de julho o ministério tenha propostas
concretas para apresentar às categorias.
Insatisfeitos com o prazo, um grupo de servidores do
Distrito Federal se reúne logo mais, por volta das 13h, com o ministro Gilberto
Carvalho, chefe da Secretaria-Geral da Presidência, para que ele interceda no
Planejamento. O objetivo é que as negociações avancem mais rapidamente e que os
serviços voltem a ser prestados.
Ontem (2), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef) se reuniu com o Ministério do Planejamento e Gestão
(Mpog) para negociar os pontos de reivindicação. Não há estimativa de quantos
funcionários estão parados
As demandas dos servidores federais são, em linhas gerais,
recomposição salarial, extensão do plano de carreira estabelecido pela Lei
12.277/2010 a todos os servidores, ampliação de auxílio-alimentação e saúde, e
realização de concurso público.
Hoje, a Condsef tem encontros setoriais marcados com as
categorias e amanhã (4) haverá programação para o Dia Nacional de Lutas nos
estados. Ainda neste mês, a confederação realizará um acampamento na Esplanada
dos Ministérios (entre os dias 16 e 20), uma marcha a Brasília (dia 18) e uma
plenária unificada de avaliação dos resultados (dia 20).
Os setores atingidos pela paralisação são diversos. Na área
da saúde, estão em greve a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), professores e
funcionários de hospitais universitários federais, além de servidores da
Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do banco de dados do Sistema
Único de Saúde (Datasus) e do Ministério da Saúde.
Em outras áreas, não trabalham grupos de funcionários dos
ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da Integração Nacional (MI), da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA),
da Justiça (MJ) e da Previdência Social (MPS).
Ainda estão em greve, trabalhadores do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Departamento
Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), da Comissão Executiva de
Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), dos Institutos Federais
Tecnológicos de Educação da Base do Sindicato dos Servidores Públicos Federais
no Estado de Sergipe (Ifets-Sindisep), do Arquivo Nacional, do Instituto Nacional
da Propriedade Industrial (Inpi), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do
Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Departamento do Fundo da
Marinha Mercante (DFMM), da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhan).
Os funcionários do Ministério das Relações Exteriores (MRE)
anunciaram hoje que encerraram a greve e retomaram as negociações com o
Planejamento. A paralisação foi e envolveu 75% da categoria, atingindo 130
postos de representação do Itamaraty no Brasil e no exterior.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores do
Ministério das Relações Exteriores (SindItamaraty), o órgão continuará a
defender os pleitos dos servidores e a pressionar a administração por
recomposição salarial. A próxima reunião do sindicato está marcada para a
próxima sexta-feira (6).