sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ministro já admite dar reajuste de mais de R$ 14 bi a servidores


O Globo      -      17/08/2012




 Este é o número inicial para negociar. Greve da Anvisa causa prejuízos de R$ 300 milhões

BRASÍLIA e RIO - O ministro da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem, que R$ 14 bilhões é o número inicial com o qual trabalha o governo para o reajuste de servidores. O valor não está decidido, porque "muda o tempo todo". A expectativa dos servidores é de que haja avanço nas negociações na semana que vem.

- Esse era o número inicial, mas pode mudar, está o tempo todo mudando. Ele pode sofrer alteração, porque vamos ter uma negociação longa agora com o funcionalismo, carreira por carreira. Mas quem fala sobre isso é o Planejamento, a ministra Miriam Belchior.

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que trabalha com o limite de 15,8% de reajuste, parcelado em três anos, para o conjunto das categorias do Executivo Federal.

- Para mais do que isso, não temos disponibilidade - afirmou.

Segundo Gilberto Carvalho, a tendência é que o reajuste para as diferentes carreiras seja muito parecido.

- Nossa expectativa é que prevaleça o bom senso. E aqueles que diziam que o governo não tinha proposta, não dialogava, agora tem proposta, estamos dialogando - afirmou o ministro.

Em greve há quase dois meses, os auditores da Receita Federal fizeram ontem o Dia Nacional de Entrega de Chefias. Pedro Delarue, presidente do Sindifisco Nacional, disse que em pelo menos 40 delegacias da Receita os chefes colocaram o cargo à disposição dos titulares da unidade. Eles protestam contra o decreto do governo que permite substituir grevistas por servidores estaduais ou municipais. Os auditores querem aumentos de 30% a 49,4%, para que os salários passem da atual faixa de R$ 13,6 mil a R$ 19,45 mil para R$ 20,3 mil a R$ 25,3 mil.

A greve da Anvisa, que completou um mês, já causou prejuízo de R$ 300 milhões ao setor de equipamentos médicos e odontológicos. Paulo Henrique Fraccaro, vice-presidente da associação do setor, disse que de 400 empresas, 110 foram afetadas, já que metade do material usado é importada.


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