Agência Brasil
- 29/08/2012
Brasília - Os representantes da Polícia Rodoviária Federal
(PRF) também decidiram aceitar a proposta de reajuste oferecida pelo governo. O
acordo foi assinado no fim da noite de ontem (28) em que os policiais
rodoviários aceitam o aumento salarial de 15,8%, escalonado em três anos, a
partir de 2013. O termo ratifica o fim das negociações com a categoria.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais
Rodoviários Federais, Pedro Cavalcanti, os trabalhadores já foram informados
sobre a assinatura do acordo e devem retornar aos postos de trabalho. “O acordo
foi fechado próximo da meia-noite e colocamos uma nota no site orientando que
os servidores retornassem às atividades. Acredito que a maior parte já está
atuando normalmente”, comentou.
Além do reajuste de 15,8%, também oferecido a outras
categorias de servidores, os agentes da PRF e o governo chegaram a um acordo
sobre o cargo de policial rodoviário federal ser enquadrado como nível
superior, o fim do limitador de 50% para progressão de carreira e alteração de
nomenclatura para as classes das carreiras.
“O aumento vai ser linear entre os servidores. É um valor
que não nos agrada pela distorção que temos na carreira, mas foi satisfatório
diante da conjuntura de crise nacional e internacional. Entendemos que foi
razoável. O fator determinante foi o governo ter aceitado nosso pleito de sermos
tratados como nível superior, já que todo agente necessita de diploma [de
curso] superior para atuar”, avaliou o presidente da federação.
A Polícia Rodoviária Federal é a quinta categoria a assinar
o termo proposto pelo governo e garantir o aumento salarial para 2013. Além da
PRF, os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Federação de Sindicatos de Professores
de Instituições de Ensino Superior (Proifes) e da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores
das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) também fecharam acordo.
Apesar do número pequeno de “formalizações” do termo, o
Ministério do Planejamento considera que 90% das categorias tenham aceitado a
proposta do governo, contabilizando 31 entidades representativas dos servidores públicos de um total de 36.
Até o momento, recusaram a oferta os servidores do Banco Central (BC), da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados
(Susep), os agentes da Polícia Federal e os auditores fiscais da Receita
Federal.