Correio Braziliense - 18/06/2013
A insatisfação das categorias do funcionalismo com a perda
do poder de compra e a restrição do governo em ampliar as negociações já começa
a mobilizar as lideranças sindicais para novos movimentos grevistas.
Os
trabalhadores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
cruzam os braços no próximo dia 25, por tempo indeterminado. Eles estão entre
os 45 mil funcionários públicos federais que não fecharam acordo com o governo
em 2012 — até dezembro passado, 97,5% do quadro de pessoal (1,77 milhão de
pessoas) aceitaram o aumento de 15,8%, parcelado entre 2013 e 2015, oferecido
pelo Palácio do Planalto.
Sérgio Ronaldo, diretor da Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), explica os pleitos.
"Queremos a equiparação salarial com os colegas das agências reguladoras e
a correção das pendências da greve de 2008", enumerou. Técnicos do DNIT
estiveram ontem com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do
Planejamento, Sérgio Mendonça. Segundo a assessoria de imprensa da pasta,
"foi apenas uma reunião de estudos técnicos para dar início às
negociações".
Eletrobras
Além disso, os funcionários da Eletrobras cruzaram os braços
ontem em protesto contra o corte de benefícios anunciado como parte da
contenção de gastos da União. Carlos Silvestre, assessor da presidência da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), contou que 85%
da categoria aderiu ao movimento. "Tivemos acesso a um documento do
Departamento de Controle das Estatais no qual o governo manda restringir
gratificações e o plano de saúde, entre outros pontos. Não vamos
permitir", explicou. Silvestre reclama que a Eletrobras gasta milhões, mas
diz que não há recursos para salários. No próximo dia 21, os trabalhadores se
reúnem com a diretoria da estatal e, entre 24 e 25, fazem assembleias
deliberativas.
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