Agência Brasil
- 15/07/2013
São Paulo – A ministra do Planejamento, Miriam Belchior,
disse hoje (15) que os gastos com a folha de pagamento estão sob controle e que
o governo tem se preocupado em conter as despesas de custeio, ao ser perguntada
sobre os cortes adicionais no Orçamento da União, que deverão ser anunciados
até a próxima semana.
“Nossa folha de pagamento está sob controle e a Previdência
está sob controle, que são os grandes gastos do governo federal. E as despesas
de custeio administrativo também não têm crescido. Para se ter uma ideia,
[gastos com] diárias e passagens, no ano passado, foram menor que em 2010. Isso
mostra bem a preocupação do governo em conter gastos de custeio”, disse a
ministra a jornalistas, após participar de uma reunião com membros do Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), na sede do sindicato, na zona sul.
Segundo a ministra, é preciso “separar o joio do trigo para
combater o mau custeio e valorizar aquele que leva à prestação de serviços à
população”, referindo-se como bons gastos o Bolsa Família e os com educação,
que prefere não chamar de custeio, mas de investimento. A ministra não informou
o valor e nem quando o corte no Orçamento será anunciado.
Reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo
diz que as despesas do governo tiveram aumento real de 6,6% no primeiro
semestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior e que os
desembolsos atingiram R$ 1,01 trilhão. Segundo o jornal, o governo terá
dificuldades em promover o corte no Orçamento entre R$ 10 bilhões e R$ 15
bilhões.
Durante o evento com os empresários do setor imobiliário, a
ministra destacou o Programa Minha Casa, Minha Vida, que contratou 2,783
milhões de unidades desde 2009, quando foi lançado. De acordo com Miriam
Belchior, 45% delas foram entregues e a meta é chegar a 3,750 milhões de
unidades contratadas até o próximo ano. O programa já recebeu R$ 177,5 bilhões
em investimentos.
A ministra também comentou sobre as manifestações no país.
“Esse movimento trouxe para as ruas uma série de demandas da sociedade. Ninguém
tem hoje uma avaliação fechada sobre o que aconteceu, mas mais importante do
que estudar as origens disso é escutar as mensagens que foram passadas a todos.
E acho que a mensagem é clara de melhoria nos serviços públicos, sejam os
prestados pelo setor público quanto os serviços públicos prestados pela
iniciativa privada”.
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