Correio Braziliense - 16/07/2013
Mais de 400 escrivães, papiloscopistas e agentes (EPAs)
marcharão hoje; a partir das 9h, da sede do Departamento de Polícia Federal
(DPF), no Setor de Autarquias Sul, até o Congresso Nacional. Eles participarão
do lançamento da Frente Parlamentar em Apoio à Reestruturação da Polícia
Federal, na Câmara dos Deputados, às 14h. Desde o ano passado, quando fizeram a
maior greve da história, esses profissionais reivindicam equiparação salarial
com as carreiras típicas de Estado e mais investimentos em capacitação e nos
recursos materiais da PF.
A Frente Parlamentar deverá apresentar propostas para
melhorar a estrutura orgânica das carreiras, as condições de trabalho e a
qualidade das investigações. Segundo o vice-presidente da Federação Nacional
dos Policiais Federais (Fenapef), Luiz Baldes, a insatisfação entre os
policiais federais chegou ao limite do insuportável. Em três anos, 23 policiais
morreram. "Mais da metade, ou seja, 12, cometeram suicídio. Em outras
corporações, as estatísticas não chegam a 8%. A situação piorou a partir de
2004, quando apenas os delegados, formados em direito, passaram a comandar os
trabalhos.
Os índices de doenças psíquicas, desmotivação e suicídios
entre os EPAs chegaram a níveis alarmantes, segundo estudos da Fenapef. A
evasão de mão de obra de alto nível técnico se tomou comum. Mais de 250
policiais deixam a PF anualmente. Os dados, de acordo com a pesquisa, trazem à
luz o fato de que "a PF e seus péssimos gestores transformaram o sonho
profissional de milhares de brasileiros em um terrível pesadelo". Entre os
2.360 policiais pesquisados, 77,92% (1.839) não recomendariam a carreira para
amigos ou parentes e, se pudessem, 68,22% (1.610) abandonariam a corporação.
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