BSPF - 13/09/2014
Servidores públicos federais e estaduais que atuam no setor
de imigração no Acre relataram estar receosos em contrair o vírus ebola de
pessoas da África Ocidental, região onde ocorre a epidemia da doença.
Desde 2013, mais de dois mil imigrantes africanos entraram
no Estado, que faz fronteira com a Bolívia e o Peru, sendo que a maioria é
procedente do Senegal, país onde não foi notificada a transmissão do ebola.
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), responsável pela
emissão da carteira profissional aos imigrantes, confirmou em nota enviada à
agência Amazônia Real que uma servidora suspendeu o atendimento aos
senegaleses. O caso, que provocou constrangimentos aos imigrantes, aconteceu no
início deste mês.
A Polícia Federal disse que seus agentes não paralisaram o
atendimento na emissão de documentos de entrada dos senegaleses, mas anunciou
que vai instalar procedimento disciplinar contra policiais que cometerem
irregularidades contra os africanos.
Um policial ouvido pela agência Amazônia Real, que pediu
para não ter o nome divulgado, disse que há preocupação em relação à
transmissão do ebola. "Lógico que existe uma preocupação, mas não ao ponto
de negar atendimento. Procuramos o Ministério da Saúde para obter medidas de
prevenção", afirmou o agente.
Um dos coordenadores da Pastoral do Migrante na Amazônia,
padre Valdeci Molinari, disse que os servidores públicos que atendem os
imigrantes devem tomar cuidado com suas ações para não cometer discriminação
contra os africanos de países onde ocorre o surto do vírus ebola.
"Essa questão do vírus ebola não pode ser vista de
maneira generalizada. Não existe um caso no Brasil, portanto, não dá para criar
uma...
Leia a íntegra em Servidores da imigração temem vírus ebola no Acre
Fonte: UOL