BSPF - 06/11/2015
O fazendeiro e ex-prefeito de Unaí (MG) Antério Mânica foi
condenado a uma pena de 99 anos, 11 meses e quatro dias de prisão por ser um
dos mandantes dos homicídios dos três fiscais do Trabalho e de um motorista no
crime que ficou conhecido Chacina de Unaí. A sentença foi proferida pelo juiz
Murilo Fernandes na noite de hoje (5). O julgamento ocorreu na sede da Justiça
Federal, em Belo Horizonte (MG). Mânica poderá recerrer em liberdade.
Em 28 de janeiro de 2004, os auditores fiscais do Trabalho
Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da
Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram executados a tiros,
enquanto se preparavam para uma fiscalização em fazendas de feijão da zona
rural da cidade, suspeitas de contratarem trabalhadores irregularmente.
Na semana passada, a Justiça condenou o fazendeiro Norberto
Mânica, irmão de Antério Mânica, também acusado de ser mandante do crime, e o
empresário José Alberto de Castro, apontado como intermediário, pela chacina.
Norberto Mânica foi condenado a pena de 98 anos, 6 meses e 24 dias de prisão e
Castro a 96 anos, 5 meses e 22 dias. Ambos poderão recorrer em liberdade.
Antério foi eleito prefeito de Unaí em 2004 e 2008. Durante
este período tinha direito a julgamento em foro especial e, por esse motivo,
seu processo tramitou em separado ao dos outros acusados.
Último réu envolvido no processo, Hugo Alves Pimenta, depois
de firmar acordo de delação premiada, teve o processo desmembrado e começa a
ser julgado na próxima terça-feira (10). Ele é acusado de ser o intermediário
na contratação de pistoleiros. Pimenta é acusado de ser o intermediário entre
pistoleiros e mandantes.
Fonte: Agência Brasil