O POVO ONLINE
- 26/12/2015
O governo federal expulsou 288 servidores envolvidos em
corrupção entre janeiro e novembro deste ano - o equivalente a 26 exclusões por
mês num universo de 577 mil trabalhadores. O número é 12% inferior aos 329 funcionários
públicos que foram banidos pelo mesmo motivo nos primeiros 11 meses de 2014. No
total do ano passado, levando em consideração o intervalo de janeiro a
dezembro, a corrupção foi a causa de 363 expulsões, abaixo das 380 registradas
em 2013. Foram 315 em 2012 e 361 no primeiro ano de mandato da presidente Dilma
Rousseff.
O balanço consta no banco de dados da Controladoria-Geral da
União, que divulga mensalmente os desligamentos no Executivo federal.
Ministro interino da CGU, Carlos Higino estima que uma
parcela mínima dos servidores demitidos por desvios seja efetivamente punida.
“Fizemos um levantamento, até 2008 ou 2009, e pouco menos de
3% eram mandados para a cadeia. Acredito que esse percentual se mantenha até
hoje, por uma questão de celeridade dos processos no Judiciário”, diz.
A série histórica mostra que os ministérios que mais
expurgam força de trabalho por malfeitos nos primeiros 11 meses de cada ano
são: Trabalho e Previdência Social, seguido por Fazenda e, logo atrás, Justiça.
O roteiro se repetiu em 2015.
O primeiro da lista -resultado da fusão, ocorrida em
setembro último, da pasta de Trabalho e Emprego com a de Previdência Social-
possui 46,6 mil servidores ativos e expurgou 120 trabalhadores.Em segundo no
ranking, o Ministério da Justiça, com 32,5 mil funcionários públicos em
atuação, baniu 45 deles por envolvimento com episódios de corrupção.
Sob o mesmo carimbo, a Fazenda livrou-se de 38 dos seus 33,2
mil servidores ativos de janeiro e novembro deste ano.
(Folhapress)