Agência Senado
- 28/12/2015
Na volta dos trabalhos legislativos, em fevereiro de 2016, o
Plenário do Senado deve votar a criação de 270 cargos de analista judiciário e
de 54 cargos em comissão de assessor de ministro, no quadro de pessoal do
Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os novos cargos estão previstos no Projeto
de Lei 7902/14, de autoria do próprio tribunal.
A proposta prevê ainda a extinção de 117 cargos efetivos de
técnico judiciário, de várias áreas, e de dois cargos de auxiliar judiciário, à
medida que se tornarem vagos. Segundo o presidente do TST, ministro Antonio
Levenhagen, que assina o projeto, “as atividades a eles inerentes tornaram-se
obsoletas ou vêm sendo executadas de forma indireta”.
Ainda de acordo com Levenhagen, dos atuais 2.125 cargos de
provimento efetivo do TST, apenas 382 (18%) são de analista judiciário, área
judiciária, o que justifica as novas vagas nesse segmento. Sobre a criação dos
cargos de assessor de ministro, Levenhagen afirma que “a estrutura funcional
dos gabinetes de ministros encontra-se carente de pessoal qualificado em Direito
para atender ao significativo aumento da demanda processual”. Os 54 novos
cargos são de livre provimento, ou seja, tanto poderão ser ocupados por
servidores de carreira quanto por
profissionais de fora dos quadros do TST.
O relator da proposta na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), louvou a iniciativa do
TST. “Atento às novas competências da Justiça do Trabalho e ciente do aumento
do volume de demandas trabalhistas em face das transformações tecnológicas por
que passa o Poder Judiciário nacional, propõe um redimensionamento de seu
quadro funcional “, observou o senador em seu relatório.
Ele ressaltou que o impacto orçamentário da proposta é
razoável em face do benefício que será gerado com a maior eficiência e
celeridade na prestação jurisdicional.
— Há que se elogiar, também, a preocupação do tribunal em
minimizar o impacto orçamentário da medida com a proposta de extinção, à medida
em que vagarem, dos cargos efetivos da área-meio do tribunal — acrescentou.
Com informações da Agência Câmara