Blog do Servidor
- 06/07/2016
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), foi o
único voto contrário na Comissão de Constituição e Justiça ao reajuste do
funcionalismo público. Durante toda reunião da CCJ nesta quarta-feira (6/7), o
parlamentar reforçou que o Congresso e o governo não podem aprovar aumento de
salário enquanto o país passa por um momento de profunda recessão. Os projetos
que promovem os reajustes serão encaminhados para Comissão de Assuntos
Econômicos antes de irem a plenário.
“Consultei minha assessoria e nenhum argumento me
convence de que esses reajustes devem
ocorrer agora. Repito: o governo precisa ter prioridade. Um paciente que está
com cefaleia não pode ter a mesma urgência de quem está com fratura exposta.
Temos 12 milhões de desempregados no país. Não podemos usar o argumento de que
está previsto na LDO, de que está dentro da meta fiscal. A meta de R$ 170
bilhões é uma precisão de prejuízo, não para se aumentar salário. Não é esse o
compromisso com o povo brasileiro. Se essa for a posição do governo, se essa
for a prioridade, não terá o apoio do Democratas. A posição do senador Ronaldo
Caiado é não!”, disse.
Caiado destacou que é papel da Casa atuar em nome da massa
de desempregados que não têm condições de estar em Brasília atuando a seu
favor. “Não sou contra quem quer que seja, mas não é hora de se promover
reajuste do funcionalismo público. Nós vamos aumentar salário de quem tem
estabilidade enquanto a massa de desempregados cresce e não tem condições de vir
a Brasília lutar por alguma perspectiva melhor? O presidente Temer precisa ser
menos Dilma e mais Temer porque se existe um novo governo não foi por
iniciativa do Congresso ou de lideranças de classe. Foi a voz do povo que não
quis mais um governo corrupto e gastador”, afirmou.
Foram oito projetos aprovados que promovem reajustes para
funcionários públicos civis e militares. A criação de cargos dentro de alguns
desses textos e apreciação do aumento do teto para remuneração de ministros de
tribunais superiores ainda serão discutidos na próxima reunião da Comissão de
Constituição e Justiça.