BSPF - 09/08/2016
O relacionamento entre servidores ativos e aposentados e
pensionistas da Receita Federal é tenso. Depois de aceitar um acordo com o
governo para reduzir em 65% a distribuição do bônus de eficiência para o
pessoal que vestiu o pijama, o Sindicato Nacional dos Auditores da Receita
(Sindifisco) anunciou a intenção de apresentar ao Congresso duas emendas em
defesa da paridade.
A estratégia, no entanto, foi ironizada pelos aposentados.
Para os mais velhos, a iniciativa não terá efeito. O novo texto de autoria do
Sindifisco pretende igualar o valor da remunerações mensais, não apenas do
vencimento básico, como também do bônus de eficiência. Mas não deve passar pelo
crivo do Executivo, a quem cabe a decisão.
Pela atual proposta, os inativos começam a ganhar o mesmo
bônus (R$ 3 mil) a partir de agosto, mas terão o montante paulatinamente
reduzido, até chegar a 35%, em 10 anos. Segundo Pedro Delarue, diretor de
Comunicação do Sindifisco, a paridade é uma reivindicação de todas as entidades
do funcionalismo. A tentativa de inserir os aposentados, neste caso, não
passaria, destacou, pelo Ministério do Planejamento. “O ministério não
concordou com a paridade e já deu seu parecer. Vamos tentar convencer o
Legislativo”, disse Delarue.
Para Vilson Romero, presidente da Associação Nacional dos
Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), a emenda não faz sentido. “A
matéria é privativa do Executivo. É o presidente da República que decide. O
assunto pode até prosperar, mas com o direito de veto ou eventual ratificação.
Temer teria sinalizar a possível aprovação. Mas, se o Planejamento já recusou,
fica difícil”, destacou.
Fonte: Blog do Servidor