BSPF - 22/08/2016
São Paulo - O presidente interino Michel Temer e deputados
aliados adiarão o reajuste dos salários de funcionários públicos,
principalmente os dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que poderiam
custar 68 bilhões de reais ao contribuinte até o fim de 2018, segundo o jornal
O Estado de S.Paulo em reportagem neste sábado.
Citando pessoas que reuniram-se na sexta-feira com Temer e
alguns ministros de seu gabinete em São Paulo, o Estado disse que a decisão
veio da necessidade de mostrar comprometimento com políticas de gastos mais
apertadas antes do julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, o qual deve ter início no fim desta semana.
Um dos aliados disse ao Estado que Temer não pode ser visto
"concedendo aumento para o presidente do Supremo enquanto ele está
presidindo o impeachment".
Foi prometido aumento salarial a funcionários no Judiciário,
incluindo juízes, funcionários do tribunal e promotores.
Ao adiar o reajuste durante a mais dura recessão brasileira
em oito décadas, Temer tenta ganhar o apoio que precisa para uma ambiciosa
racionalização dos gastos do governo, que inclui reformular o sistema de
previdência, realizar reformas trabalhistas e tributárias e colocar um limite
no crescimento dos gastos orçamentários.
Fonte: Reuters (Reportagem de Guillermo Parra-Bernal)