Diário do Poder -
15/11/2017
Após sobreviver a duas graves denúncias da Procuradoria
Geral da República, o presidente Michel Temer adquiriu uma autoconfiança que
espanta até os velhos amigos habituados com sua conhecida cautela diante das
grandes decisões: vai levar adiante a Reforma da Previdência para implantar um
sistema de aposentadorias igual para trabalhadores públicos e privados. Ele
sabe a magnitude da briga que vai comprar com a elite do serviço público
beneficiária do sistema atual. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do
Diário do Poder.
A guerra aos privilégios afetará áreas que podem causar
problemas sem fim a Temer: Justiça, Ministério Público e Forças Armadas.
No Brasil, 1 milhão aposentados do setor público custam mais
(R$ 164 bilhões) que 30 milhões de aposentados do setor privado (R$ 150 bi).
A campanha de esclarecimentos sobre a reforma da Previdência,
em gestação, usa a expressão “chega de privilégios” como mote.
No setor público, as aposentadorias são integrais e há
servidores que contam ainda com uma loteria ao deixar o serviço ativo: a
“pecúnia”.