Metrópoles - 19/05/2019
O que tem sido percebido nas salas dos cursos preparatórios
e nos grupos de concurseiros nas redes sociais aparece nos números do
Diagnóstico da Participação Feminina no Poder Judiciário, elaborado pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ): as mulheres são maioria no quadro de
servidores dos tribunais, com 56,2% do total. Em contrapartida, a magistratura
ainda tem perfil predominantemente masculino e o avanço da representação
feminina ainda é lento. Hoje, elas são 35,9% do universo de juízes.
O documento publicado na última semana pelo CNJ levantou
dados da atuação das mulheres da última década de 68 dos 90 tribunais do país.
No Distrito Federal, apenas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT 10ª Região)
não enviou suas informações. Foram levados em consideração tanto a presença de
servidoras – nas carreiras de técnico, analista judiciários e magistratura –
quando em cargos de função de confiança e chefia.
O universo explorado foi de 16.902 juízes e 283.162
funcionários públicos entre 2008 e 2018. O objetivo do estudo é promover
políticas para aumentar a participação de mulheres na função magistrada. A ação
inicial foi o lançamento do primeiro curso “A mulher juíza”, que será promovido
pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro
Sálvio de Figueiredo Teixeira (Efam), com apoio do CNJ.
Quadro de servidoras
A Justiça Eleitoral tem a maior representação de servidoras,
com 60,3%, quase o mesmo percentual da Estadual, com 58,2%. Em seguida no
ranking está a Justiça do Trabalho (52,9%) e a Federal (50,4%). As menores
representatividades estão nos Tribunais Superiores (48%) e na Justiça Militar
Estadual (46,7%).
Além de estarem em maior número entre os profissionais, são
elas que preenchem mais postos de chefia, cargos comissionados e funções de
confiança. Na última década, os índices foram de 54,7% e 56,8%,
respectivamente, na média de todos os...
Leia a íntegra em Judiciário: mulheres são 35,9% dos magistrados e 56,2% dos servidores