Nordeste tem situação mais delicada. Nesta semana, MEC
anunciou programa que promete "flexibilização financeira" paras essas
instituições
Vivenciando severa crise financeira e tendo acabado de
receber promessa de “flexibilização financeira” que alegadamente ajudaria na
recuperação econômica, universidades e institutos federais carecem também de
mão de obra. Um levantamento do Metrópoles, com dados inéditos do Ministério da
Economia, revela que em 89 instituições faltam 13,3 mil servidores,
principalmente professores e técnicos.
Três instituições nordestinas e duas fluminenses têm a
situação mais esgarçada. No pior cenário, na Universidade Federal Fluminense,
faltam 678 servidores. A crise é semelhante na Universidade Federal de
Pernambuco, onde a carência é de 476. Completam o ranking as federais da
Paraíba (462), do Rio de Janeiro (378) e da Bahia (341). Na Universidade de
Brasília (UnB), faltam 262 trabalhadores (foto em destaque).
No panorama dos institutos federais, as instituições
nordestinas mais uma vez são as mais castigadas. A defasagem é liderada pelo
instituto federal da Bahia (424), com o do Ceará (378) em 3º, de Sergipe (370)
em 4º e do Instituto Federal Baiano (310) em quinto. A “predominância”
nordestina só é interrompida pelo do Paraná, que, com 415 vagas abertas, é o
vice-líder desse ranking da precariedade. Os dados são referentes a junho deste
ano e mostram que em todas as unidades de ensino superior faltam profissionais.
As universidades têm 8,1 mil vacâncias. Os institutos federais acumulam deficit
de 5,2 mil.
Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) lançou um
programa para dar fôlego ao orçamento dessas instituições. Entre as principais
mudanças está como cada universidade pode usar as receitas, estimulando que
elas usem organizações sociais (OS) e até façam aplicação na Bolsa de Valores.
A celeuma da falta de servidores, porém, não deve ser sanada
— ao menos em curto prazo — pelo governo federal. A equipe econômica do
presidente Jair Bolsonaro (PSL) descarta concursos até...
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