sábado, 26 de outubro de 2019

A ex-diplomata de quase 90 anos que luta há décadas para ser readmitida no Itamaraty


BBC News Brasil     -     26/10/2019




Aos seus quase 90 anos, a paulista Cecília Prada, uma das primeiras mulheres formadas pelo Instituto Rio Branco, que prepara os diplomatas para o Itamaraty, ainda não desistiu de ser readmitida pelo Ministério de Relações Exteriores. Ela foi obrigada pelo órgão a pedir demissão em 1958 ao casar-se com um colega diplomata, o ex-secretário de Cultura Sérgio Paulo Rouanet, seguindo as regras do Ministério na época. Desde o divórcio, na década de 1970, tenta voltar para o serviço diplomático, pelo qual poderia estar aposentada hoje.

Após várias negativas em diferentes instâncias, desde os militares da ditadura até a Justiça civil, Prada tem a sua última chance de reaver o direito à aposentadoria pela carreira diplomática em um recurso que está nas mãos da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. O pedido de readmissão da ex-diplomata, feito junto à Comissão de Anistia, estava entre os mais de 1,3 mil indeferimentos assinados pela ministra no primeiro semestre.

"Eu poderia já ter sido embaixadora nesta minha fase da vida. Agora vejo meus colegas de diplomacia, todo mundo bem, e eu aqui na miséria", desabafa a jornalista e ex-diplomata em entrevista à BBC News Brasil em Campinas (SP), onde vive com um dos dois filhos que teve com Rouanet. "Na década de 1980, tentei ser corretora de imóveis. Sabe o que eu ganhei? Uma cantada de um cliente", relembra.

Aos seus quase 90 anos, a paulista Cecília Prada, uma das primeiras mulheres formadas pelo Instituto Rio Branco, que prepara os diplomatas para o Itamaraty, ainda não desistiu de ser readmitida pelo Ministério de Relações Exteriores. Ela foi obrigada pelo órgão a pedir demissão em 1958 ao casar-se com um colega diplomata, o ex-secretário de Cultura Sérgio Paulo Rouanet, seguindo as regras do Ministério na época. Desde o divórcio, na década de 1970, tenta voltar para o serviço diplomático, pelo qual poderia estar aposentada hoje.

Após várias negativas em diferentes instâncias, desde os militares da ditadura até a Justiça civil, Prada tem a sua última chance de reaver o direito à aposentadoria pela carreira diplomática em um recurso que está nas mãos da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. O pedido de readmissão da ex-diplomata, feito junto à Comissão de Anistia, estava entre os mais de 1,3 mil indeferimentos assinados pela ministra no primeiro semestre.

"Eu poderia já ter sido embaixadora nesta minha fase da vida. Agora vejo meus colegas de diplomacia, todo mundo bem, e eu aqui na miséria", desabafa a jornalista e ex-diplomata em entrevista à BBC News Brasil em Campinas (SP), onde vive com um dos dois filhos que teve com Rouanet. "Na década de 1980, tentei ser...



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