BSPF - 09/11/2019
Antes de enviar a reforma administrativa ao Congresso, o
ministro da Economia afirmou que o governo quer "combater
privilégios"
Mesmo sem enviar a reforma administrativa ao Congresso nesta
terça-feira (05/11/2019), o ministro da Economia, Paulo Guedes, adiantou pontos
do texto que deve ser apresentados nos próximos dias.
O ministro centralizou seu discurso na estabilidade dos
futuros servidores públicos. Ele adiantou que pretende retirar o “privilégio”
daqueles que têm filiação partidária.
“O servidor público é aquele que serve ao público por alguns
anos, antes de ter estabilidade. Não ao ser concursado. Não queremos isso”,
avaliou Paulo Guedes.
Ele concluiu o raciocínio. “Tem filiação, não é servidor
público, é militante. Não terá estabilidade. Servidor público não é quem
carrega no peito broche de partido”, concluiu.
Segundo Guedes, o governo não quer retirar “benefícios e
direitos”, mas sim, combater privilégios. “Que história é essa de privilégio?
Um ascensorista da Câmara ganha seis vezes mais que um da iniciativa privada”,
destacou.
A equipe tem se baseado em modelos da Alemanha, da Franca e
dos Estados Unidos. “Os funcionários mais experientes estão colaborando com a
reforma administrativa e têm desejos atendidos. Na verdade, o que estamos
fazendo é aperfeiçoar o modelo”, sinalizou.
Segundo Guedes, o número de carreiras será de no máximo 30.
O Metrópoles adiantou a intenção do governo no mês passado. Atualmente, são
117.
“Hoje, 40% dos servidores se aposentarão em até 7 anos. A
digitalização poderá aumentar a produtividade. Vamos mudar a mentalidade. Até o
fim do ano a reforma pode estar aprovada”, concluiu.
Por Otávio Augusto
Fonte: Metrópoles