Correio Braziliense
- 23/12/2019
Escola Nacional de Administração Pública conclui estudo que
avalia o impacto da tecnologia no dia a dia do funcionalismo
A tecnologia mudou a forma do ser humano se relacionar com o
mercado de trabalho. No setor público, não será diferente e as dificuldades
podem ser ainda maiores. De acordo com o estudo inédito da Escola Nacional de
Administração Pública (Enap), obtido pelo Correio nesta segunda-feira (23/12),
a maioria da carreiras do setor público terá ao menos um impacto da automação.
Considerando todas as 80 carreiras analisadas, o impacto mediano da automação é
0,14, sendo 1 o valor na qual a carreira será totalmente transformada.
A pesquisa utilizou dados do Sistema Integrado de
Administração de Pessoal (Siape) e da Relação Anual de Informações Sociais
(Rais) de 2017. Para otimizar os resultados, focou em 80 carreiras com o maior
número de servidores. As ocupações escolhidas corresponde a 456 mil servidores,
ou seja 84% do total.
Ao olhar para um recorte em que a modernização será alta e
os servidores terão mais de 65 anos em 2032, o impacto em algumas ocupações
pode chegar a 0,66. É o caso dos serventes de limpezas. Neste recorte também
estão incluídos os agentes administrativos, auxiliar de serviços gerais e
agente de operações de saúde.
O progresso tecnológico pode até levar à extinção de algumas
carreiras. A carreira de técnico de contabilidade foi a que teve maior impacto
da automação (0,71), de acordo com o estudo. A profissão de datilógrafo também
terá um alto impacto com as novas tecnologias. A taxa de 0,53 pode afetar até
mesmo a existência da carreira. "Datilógrafos estão sendo substituídos por
sistemas de reconhecimento de voz ou...
Leia a íntegra em Automação nos serviços públicos afetará maioria das carreiras, diz Enap