Metrópoles - 14/01/2020
Segundo sindicato, o serviço público contou com um grande
número de pedidos de aposentadoria devido à tramitação da reforma da
Previdência
O primeiro ano do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) fechou com um saldo negativo de 24 mil servidores. Até outubro, 9.784
pessoas foram contratadas. Paralelamente a isso, o funcionalismo teve 33.848
aposentadorias concedidas.
Desta forma, o saldo entre entradas e saídas de funcionários
no Executivo Federal ficou negativo em cerca de 24 mil trabalhadores no ano. Os
dados foram levantados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais do
Estado de Pernambuco (Sindsep-PE), que aponta o índice como o maior em quase
duas décadas.
Segundo a entidade, o serviço público contou com um grande
número de pedidos de aposentadoria devido à tramitação da reforma da
Previdência.
Segundo a entidade, as vacâncias prejudicam o funcionamento
dos serviços públicos. A situação, segundo o sindicato, fica ainda pior com a
extinção de postos.
Nos últimos dias de 2019, o governo editou um decreto para
extinguir 27,5 mil cargos. Destes, a maioria é ligada ao Ministério da Saúde. O
decreto também vedou concursos para 68 profissões.
“É uma política de desmonte do serviço público, capitaneada
pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo próprio Jair Bolsonaro. Ambos
querem privatizar tudo o que puderem para repassar os serviços para a
iniciativa privada”, critica o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de
Oliveira, em comunicado.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Economia,
mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. O espaço continua
aberto a manifestações.
Ameaça de greve
Os servidores organizam um movimento nacional contrário às
mudanças promovidas pelo governo federal no funcionalismo público. O grupo é
contra a reforma administrativa, a redução de...
Leia a íntegra em Em 2019, déficit de servidores foi a 24 mil, o maior em 20 anos