Metrópoles - 31/03/2020
O valor representa uma economia de 46% ao ministério, que em
uma situação de normalidade gasta R$ 354 milhões mensais
O corte de benefícios de servidores que estão em trabalho
remoto durante a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, pode
gerar uma redução de gastos de até R$ 164 milhões aos cofres do Ministério da
Economia por mês.
O valor representa uma economia de 46% ao ministério, que em
uma situação de normalidade gasta R$ 354 milhões mensais com o custeio desses
benefícios.
Os números fazem parte de um levantamento do governo
federal, obtido com exclusividade pelo Metrópoles.
O governo decidiu na semana passada que não serão pagos
benefícios como horas extras, adicional de insalubridade e de trabalho noturno
nem auxílio-transporte enquanto perdurar a quarentena.
O índice pode ser ainda maior. Técnicos do governo avaliam
que o impacto vai depender do número total de servidores que irão realizar
trabalho remoto e por quanto tempo vai durar essa situação.
Em nota, o Ministério da Economia defende os cortes para o
fortalecimento do caixa das ações de combate ao coronavírus. “O dinheiro
economizado será revertido para o enfrentamento do coronavírus no Brasil”,
ressalta o texto.
Críticas
O corte de gerou uma série de reações contra o governo.
Sindicatos e entidades de classe ficaram insatisfeitos com a medida.
Em nota, o secretário-geral do Sindicato dos Servidores
Públicos Federais no Distrito Federal, Oton Pereira Neves, repudiou a medida e
disse que o governo deveria proporcionar as condições necessárias para que
sejam mantidos os salários integrais dos servidores.
O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva, estima que esses
benefícios podem representar de 10% a 25% da remuneração dos...
Leia a íntegra em Servidor: corte de benefícios reduz gastos em R$ 164 mil por mês