quarta-feira, 17 de junho de 2009

Greve do INSS tem baixa adesão no Distrito Federal

Autor(es): Luciano Pires
Correio Braziliense - 17/06/2009

Todas as agências funcionaram ontem, primeiro dia de paralisação dos servidores. Posto do Setor Bancário Norte será reforçado


Iniciada ontem em 16 estados, a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve baixa adesão no DF. As 10 agências que atendem ao público abriram quase que normalmente, com exceção do posto do Setor Bancário Norte (SBN) — onde houve manifestação de grevistas e parte dos funcionários não foi trabalhar. Os usuários que procuraram atendimento na agência do Plano Piloto tiveram de esperar na fila mais tempo do que de costume. Já os que haviam agendado consultas remarcaram retornos para outros dias. A partir de hoje, a gerência executiva do INSS no Distrito Federal promete remanejar funcionários para cobrir o espaço deixado pelos grevistas no Setor Bancário Norte. Se a paralisação ganhar força e prejudicar a rotina dos demais postos, a mesma estratégia será adotada. Os servidores do INSS exigem a manutenção da jornada de trabalho de 30 horas semanais em vez de 40 horas, querem a incorporação de gratificações e a contratação de 20 mil novos funcionários. Em nota, o Ministério da Previdência informou que 176.505 segurados, cerca de 90% do previsto, foram atendidos ontem. Das 1.110 agências espalhadas pelo país, 964 enviaram informações. De acordo com o governo, 852 unidades mantiveram a rotina normal (88,4%), em 100 delas havia pelo menos um servidor em greve e somente em 12 a paralisação foi total. “O segurado que não conseguiu ser atendido por causa da paralisação deve remarcar o atendimento na própria agência. Os segurados que remarcarem o agendamento via Central 135 terão o início do benefício computado a partir do novo agendamento”, de acordo com o comunicado. Movimento A Federação Nacional de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) contestou o balanço oficial. De acordo com a entidade, a adesão foi “importante” nas capitais, especialmente São Paulo, e nas regiões metropolitanas. “A greve começou bem acima das expectativas”, disse Lúcia Pádua, diretora da entidade. À noite, a cúpula da Fenasps se reuniu em Brasília e traçou metas para a semana. O objetivo é intensificar o movimento. Apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter decidido que a paralisação é ilegal, a federação que representa os servidores descartou suspender o protesto. Na semana passada — antes mesmo de a greve ter início — o tribunal estabeleceu multa diária de R$ 100 mil, em caso de descumprimento da liminar concedida em favor do Ministério da Previdência. Para o STJ, o movimento prejudica a sociedade e priva os segurados do pleno atendimento. A Fenasps, por meio de sua assessoria jurídica, estuda formas de contestar a decisão do STJ.
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