Por: Luciano Pires
Blog do Servidor - 18/07/2009
É que por meio de uma portaria baixada no mês passado, a agência flexibilizou a jornada de trabalho dos funcionários. Teve quem gostou, mas teve também quem odiou a mudança.
A jornada semanal de 40 horas ficou assim: 35 horas semanais com 5 horas de sobreaviso. Há servidores cumprindo 7 horas diárias corridas, sem almoço.
O novo ritmo de trabalho agradou muitas áreas, que apesar do batidão e do corre-corre, acabam ficando com a manhã ou a tarde livres. Outros setores, no entanto, não se adaptaram tão bem, especialmente aqueles instalados fora de Brasília. "Particularmente acho errado, uma vez que o entendimento do STF nos últimos julgamentos é de que quando não há uma regulamentação através de lei ( vide o problema da greve ), vale a analogia com a CLT para os servidores do RJU. Sempre prevalecem os interesses dos servidores de Brasília, onde é a sede (eu sou de São Paulo)", reclama um servidor que mandou e-mail ao blog.
Os servidores contrários à medida dizem que a agência teve de se explicar junto à Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Ministério do Planejamento - a SRH não confirma, pelo menos por enquanto, que isso tenha ocorrido.
E para não ficar com a impressão de que quem é contra a mexida na jornada quer, no final das contas, trabalhar menos aí vai o trecho final do e-mail do servidor indignado: "Não estamos reivindicando redução de jornada nem nada. O correto seria manter as 8 horas diárias com almoço ou 6 horas com intervalo de 30 minutos dividido em dois, como funciona para o CLT, e não "7 horas ininterruptas" como consta na portaria 430/2009".