sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nas mãos do Planejamento

Ponto do Servidor - Maria Eugênia
Jornal de Brasília - 27/11/2009


Está nas mãos do Ministério do Planejamento o fim da paralisação de professores e técnicos da Universidade de Brasília (UnB). A documentação exigida para que os 502 funcionários prejudicados tenham a URP incluída na folha de pagamento dos próximos meses foi entregue na última quarta-feira pela Reitoria. Na manhã de ontem, foi feita uma manifestação contra o corte da gratificação, que corresponde a 26% dos salários, com a presença dos três segmentos (funcionários, professores e alunos). Em reunião com representantes da administração, integrantes da Secretaria de Recursos Humanos (SRH) do Planejamento garantiram dar prioridade ao exame dos arquivos enviados pela UnB para assegurar o pagamento da URP a todos os funcionários da universidade. “Nós encaminhamos as correções exigidas pelo ministério o mais rápido que pudemos. Esperamos que eles cumpram o compromisso e se manifestem o quanto antes para que, se ainda tiver algum acerto a ser feito, possamos corrigi-lo a tempo”, afirmou o reitor José Geraldo, que registrou seu apoio ao movimento na assembleia.

Sem novas falhas


A confirmação de que não haverá falhas no lançamento da URP – como ocorreu, por parte da SRHda UnB, em outubro – é a exigência de professores e servidores para o fim da greve. “Só vamos voltar quando tivermos a certeza de que não teremos surpresas desagradáveis no contracheque”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Ebenezér Nogueira. A mesma posição é adotada pelo Sindicato dos Servidores da UnB (Sintfub). “A URP é um direito nosso há 20 anos. Chega de desrespeito nas universidades”, disse Antônio Guedes, coordenador- geral do sindicato. Faixas (foto), apitos e gritos de ordem pela manutenção da URP marcaram o protesto, que levou cerca de 300 pessoas ao Instituto Central de Ciências (ICC).


Assembleia hoje


Às 10h de hoje, professores voltam se reunir para definir os rumos da mobilização. “Se não tivermos a garantia de que a URP será paga vamos continuar em greve”, adiantou Nogueira. Há 18 anos é garantido aos servidores da UnB o pagamento da URP, que é uma porcentagem adicionada ao salário dos trabalhadores referente à perda salarial causada pelos planos de redução inflacionária do final dos anos 80. A ação foi transitada em julgado em 98, não cabendo, por isso, reversão. Em 1990, depois de ação judicial movida por funcionários da UnB, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que o cálculo fosse feito em cima de todo o vencimento salarial dos professores e servidores da universidade. Com o acréscimo de gratificações a estes salários, a URP começou a incidir também em cima destes valores.

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