O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, e o secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira, reuniram-se semana passada para uma rodada de negociações sobre acordos salariais das várias categorias. Segundo Bernardo, a orientação do presidente Lula é que não se encaminhe nenhum projeto de lei ao Congresso Nacional que implique em impacto orçamentário novo neste ano. O ministro esclareceu que o presidente não pretende "deixar a conta para o próximo presidente pagar" e qualquer decisão deverá ser discutida com a equipe do novo governo. Bernardo ressaltou que nas três medidas provisórias encaminhadas pelo governo em 2007, já transformadas em lei, todas as categorias foram contempladas com reajustes e reestruturações com impactos em 2008, 2009 e 2010. Ficaram alguns ajustes para serem feitos, negociados exaustivamente, entretanto, sem acordo. O ministro destacou que, apesar de fugir à competência do Poder Executivo, por acordo entre os presidentes Lula e o presidente do Supremo Tribunal Federal, César Pelluzo, o projeto de lei de reajuste dos servidores do Poder Judiciário, cujo impacto é de R$ 7 bilhões, também deverá ser discutido depois das eleições de outubro.
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