domingo, 15 de agosto de 2010

Irregularidades desanimam concurseiros


Rafael Faria

Agência Senado - 13/08/2010


Anos de dedicação extenuante, renúncia a outras atividades, investimento emocional e financeiro. A preparação para concursos, cada vez mais concorridos, costuma ser por si só uma prova de superação. Diante disso, o mínimo que o concursando espera é que o jogo seja limpo. Com o aparecimento de casos de fraude que deixam em suspeição importantes concursos de âmbito nacional, a sensação de concurseiros como Carolina Maria Viana, bióloga que se prepara em tempo integral para os certames da Polícia Federal, é de que as vagas em disputa se tornaram ainda mais restritas.

- São tantos os casos de fraudes que uma parte das vagas já deve estar comprometida. Eu acho isso muito desleal. Dependendo da banca, a gente nem faz o concurso, porque não tem nenhum tipo de segurança - comenta.

Ela é cética quanto aos efeitos práticos da criminalização das fraudes: "Não adianta ficar elaborando lei e não ter aplicabilidade".

Colegas de estudos de Carolina, a secretária-executiva Valéria Cristiane Silva e a administradora Vanessa Lamonier Penna reforçam que o sentimento geral entre os concurseiros é de que há muitas irregularidades nos concursos. Vanessa diz que seria necessário criar um órgão de fiscalização para a área. Valéria informa que as notícias e boatos sobre fraudes frequentemente circulam nos cursinhos, gerando insegurança entre os candidatos.

Conforme cálculos da Anpac, um ano de preparação para um concurso de nível superior - incluindo curso preparatório, material, transporte, lanches e outros - custa R$ 9,8 mil.


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