sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MANOBRA RADICAL


Ponto do Servidor
Jornal de Brasília - 10/09/2010



A paralisação dos servidores técnico-administrativos da UnB ganhou mais um ingrediente, ontem, durante assembleia dos servidores. Depois de uma perda superior a R$ 500 mensais no orçamento familiar, o funcionário Marcelo Parise, que trabalha há 16 anos na universidade, decidiu entrar em greve de fome em protesto contra o corte da URP dos salários de aproximadamente 2,7 mil servidores da UnB. Marcelo, que fez sua última refeição uma hora antes do início do encontro, pretende sensibilizar quem possa resolver o problema. "Só saio daqui para me alimentar se eu for derrotado ou tiver um problema de saúde", afirmou Parise, que usou várias manobras para adequar o orçamento familiar às necessidades do cotidiano. Parise está inconformado com o que considera uma injustiça que vem sendo cometida contra os funcionários da universidade com a subtração de 26,05% dos salários. Na assembleia de ontem, a decisão dos trabalhadores foi dar continuidade ao movimento paredista até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre a liberação ou não do pagamento da URP ao conjunto de trabalhadores da Universidade de Brasília.


QUANDO SERÁ?
O movimento grevista dos servidores técnico-administrativos da UnB completa, hoje, 179 dias. A decisão de reintegrar aos contracheques da categoria os 26,05% está nas mãos da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda no dia 12 de maio o Sintfub, sindicato que representa os técnico-administrativos da UnB, encaminhou ao STF mandado de segurança preventivo com pedido de liminar que garante o direito dos servidores ao pagamento integral dos salários. Entretanto, até agora, a ministra Cármen Lúcia não indicou uma data para o despacho do processo. Uma servidora da universidade conseguiu uma liminar para voltar a receber a URP em ação individual impetrada na Justiça. O sindicato insiste em recomendar aos servidores que aguardem, em greve, a manifestação do STF sobre a legalidade da reintegração da URP.



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