quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Postos não voltam ao normal

Luciene Braga

O Dia - 16/09/2010

Mesmo com fim da greve dos peritos do INSS, segurados terão que esperar até dois meses para ser atendidos

Rio - A greve dos peritos do INSS terminou, mas a rotina nas agências da Previdência no Rio ainda não voltou ao normal. Segurados que precisam fazer a avaliação são obrigados a esperar até dois meses para conseguir atendimento. O DIA fez simulação por meio do agendamento eletrônico do INSS e constatou que para este mês só havia disponibilidade de agenda hoje, em Irajá. Depois, a vaga mais próxima seria em 4 de outubro, na Praça da Bandeira e em São Cristóvão. Ainda em outubro, haveria agenda aberta dia 7, em Copacabana, ou dia 8, na Presidente Vargas. Depois, só em novembro.

Ontem, o superintendente Regional do INSS no Rio, Manoel Lessa, informou que está levantando a demanda dos postos para para traçar os novos horários de atendimento, incluindo os peritos terceirizados. Segundo ele, haverá agendamento noturno e nos fins de semana. Conforme O DIA antecipou, alguns postos atenderão até as 21h, aos sábados e aos domingos. Os horários ampliados serão preenchidos com o reforço dos peritos contratados, que começam a trabalhar na semana que vem. Alguns terceirizados receberão autorização para atender os segurados em seus próprios consultório.

A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) informou que fará a Assembleia Geral Extraordinária amanhã, das 10h às 16h, a fim de discutir os desdobramentos e a nova posição da categoria, após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou a greve ilegal e abusiva, determinando a volta ao trabalho. Às 17h, após o encontro de delegados representantes de todos os estados, a diretoria dará entrevista coletiva.

A determinação do STJ é para que os peritos retornem ao trabalho, sob pena de multa diária de R$ 50 mil à associação e corte de ponto dos médicos que faltarem.

Categoria reivindica jornada menor e mais segurança

A greve dos peritos começou no dia 22 de junho. A categoria reivindica reduzir a jornada de 40 horas para 30 horas. Os médicos questionam ainda a falta de segurança postos; regulamentação da gratificação da categoria, que está congelada há dois anos, e a não entrega do Comunicado de Resultado do Requerimento a segurados empregados e domésticos avulsos, principal fator a gerar agressões aos peritos.

O movimento chegou a receber duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas. Com a demora nas negociações entre as partes, a 19ª Vara da Justiça Federal, em São Paulo, determinou que o INSS terceirizasse atividades. Os novos médicos começam a atender na semana que vem.


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