Blog do Servidor Público Federal - 20/04/2011
Nesta terça-feira, representantes das entidades nacionais que compõem a Campanha Salarial Unificada dos servidores federais do Executivo, Legislativo e Judiciário debateram a abertura das negociações com o governo. Algumas entidades que ainda não fazem parte da campanha participaram da reunião de hoje e vão discutir com suas bases a adesão ao movimento unificado. O objetivo é fortalecer cada vez mais os servidores em torno das pautas e demandas gerais. A unidade não exclui a luta pelas demandas específicas, mas todas as entidades concordaram que precisam se unir em torno das diversas ameaças que rodam o setor público. Os grandes desafios estão concentrados na necessidade de derrubar projetos no Congresso Nacional como o PLP 549/10 que prevê limitação de investimentos públicos pelos próximos dez anos, entre outros.
Para combater os diversos desafios que ameaçam servidores e serviços públicos as entidades não vão aceitar que o Ministério do Planejamento negocie apenas com algumas entidades as pautas que fazem parte da Campanha Salarial Unificada. As entidades defendem que o governo não pode determinar quem deve negociar pelos trabalhadores. Na avaliação das entidades esta é uma tentativa de enfraquecer o movimento unificado que já é o maior da história de organização e mobilização dos servidores federais. Além disso, os servidores querem propor novas datas para as reuniões que envolvem as pautas gerais dos federais. O Planejamento sugeriu três reuniões nos dias 3, 17 e 31 de maio. Por se tratar de temas e demandas urgentes os trabalhadores querem dar maior agilidade aos debates.
Unidade reafirmada – As entidades vão enviar uma carta à ministra Miriam Belchior e aos chefes dos poderes Legislativo e Judiciário reafirmando a decisão dos trabalhadores de se manter unidos em torno das pautas gerais do setor público. Em paralelo, já está sendo solicitada reunião com o relator do PLP 549/10, o deputado Pepe Vargas. Vargas se colocou à disposição para dialogar com entidades e aprofundar o debate sobre o que este projeto significa para os servidores.
A luta se estende a outros projetos como o PL 1.992/07 que pretende criar uma previdência complementar que precisa ser combatida. Outro projeto que deve ser combatido é a MP 520/10 que abre a possibilidade de privatização dos hospitais universitários. As entidades concordaram em orientar suas bases a participar de audiência publica que acontece na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público na próxima terça, 26. A audiência acontece no auditório 7 da Câmara dos Deputados, às 14 horas.
Calendário de mobilização – As entidades aprovaram ainda a realização de um dia nacional de luta na próxima quinta, 28 de abril. Mobilizações e manifestações em defesa dos servidores e serviços públicos devem ocorrer em todo o Brasil e em todas as esferas do Poder Público. No dia 11 de maio será realizado novo ato nacional com paralisação de atividades.
Logo depois da próxima reunião agendada no Planejamento para o dia 3 de maio as entidades voltam a realizar uma reunião ampliada. Neste encontro serão avaliadas novas atividades e mais um calendário de mobilização. Continue acompanhando e participando. A pressão e a unidade dos servidores federais se fazem fundamentais para avançar em conquistas, preservar direitos, garantir melhores condições de trabalho e melhores serviços públicos para a população brasileira.
Fonte: Condsef