BC é exemplo de eficiência
O Globo - 04/03/2012
BRASÍLIA - Em meio a tanto desperdício de recursos ambientais e financeiros, existem alguns exemplos de racionalidade nos prédios públicos de Brasília. E o Banco Central é o melhor exemplo. Essa condição de excelência rendeu até uma piada entre os frequentadores do BC e do Ministério da Fazenda: o primeiro é comparado a um aeroporto, enquanto o segundo está mais para rodoviária. Há quatro anos, o BC passou por uma reforma e instalou sensores para controlar a água, com descargas a vácuo iguais às dos aviões. Os elevadores são acionados por computadores e seguem diretamente para o andar desejado.
Com a substituição dos motores por equipamentos mais eficientes, o prédio consome 54% menos energia. Além de reciclar R$ 30 bilhões de papel-moeda descartado todos os anos, o BC manda também manda seus documentos para a reciclagem há mais de uma década. Só que depois de uma lei que obriga o serviço público a doar o material para associação de catadores, o Banco teve de abrir mão dos R$ 500 que recebia por mês para fazer uma boa ação.
A instituição também diminuiu o papel: os relatórios passaram a terem frente e verso do papel impressos. Outro bom exemplo é o Banco do Brasil, que substituiu a estrutura de água e adotou a descarga ecológica. A água da chuva é coletada para o consumo dos próprios funcionários e clientes. (Gabriela Valente)