ALESSANDRA HORTO
O DIA - 23/07/2012
Rio - Representantes
das universidades federais vão rejeitar oficialmente hoje as propostas de
reajuste e de reestruturação de plano de cargos e salários apresentadas pelo
governo no última dia 13. O Andes-SN e suas bases no País não concordaram com
as sugestões colocadas na mesa de negociação pelos ministérios da Educação e do
Planejamento e Gestão.
Para o sindicato, a proposta apresentada “sequer recompõe as
perdas inflacionárias dos salários de grande parte da categoria”. A análise foi
feita pelo Comando Nacional de Greve e encaminhada para as unidades das seções
sindicais nos estados.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já declarou que
não há margem no Orçamento para melhorar a proposta de reestruturação da
carreira dos professores. Ele destacou que a proposta apresentada pelo governo
é de quase R$ 4 bilhões, já contando os recursos para custear o plano de cargos
até 2014.
O titular da pasta argumentou que em função da crise
internacional, a prioridade do governo é usar a capacidade fiscal para o País
crescer e manter o emprego de quem não tem estabilidade.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também defendeu
que o texto não será utilizado como moeda de troca e nem como objeto de
discussão entre governo e sindicatos. Para o governo, o documento valoriza a
carreira do docente e ainda atende antiga reivindicação da categoria, de tornar
a progressão na carreira mais rápida, reduzindo de 17 para 13 níveis.