Agência Brasil
- 31/07/2012
Brasília - A maioria das assembleias de docentes das
universidades, institutos e centros tecnológicos federais rejeitou a segunda
proposta de reajuste e reestruturação de carreiras, apresentada pelo governo na
última terça-feira (24). De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes), até as 11h30 de hoje (31) 48 de 57
instituições de ensino superior haviam votado pela continuidade do movimento.
Amanhã (1°), os professores se reúnem às 21h com o
secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio
Mendonça, a fim de dar uma resposta oficial à proposta da União. O governo
federal ofereceu reajuste de 25% a 40% a ser aplicado em três anos ao salário
dos docentes, em lugar dos aumentos a partir de 12% inicialmente sugeridos. No
entanto, a posição da Andes é que reivindicações importantes acerca de
progressão de carreira, gratificações e avaliação de desempenho não foram
contempladas.
“Ele [Ministério do Planejamento] está aguardando nossa
avaliação. Até o momento, a maioria das instituições está rejeitando a
proposta. Vamos sistematizar esses resultados e redigir uma posição oficial até
o fim do dia de hoje”, explicou Marinalva Oliveira, presidenta da Andes.
Os professores são apenas um dos 29 setores do funcionalismo
público paralisado. Na manhã desta terça-feira, a Confederação dos
Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) e outras entidades
representativas participaram de um protesto na Esplanada dos Ministérios. De
acordo com Sérgio Ronaldo da Silva, diretor do Condsef, protestos semelhantes
ocorrem em outras unidades da Federação.
Ontem (30), os trabalhadores anunciaram a intenção de
endurecer a greve, pelo fato de o governo federal ter suspendido as
negociações, que serão retomadas somente a partir do dia 13 de agosto. O dia 31
de julho havia sido fixado como prazo final para o Ministério do Planejamento
apresentar uma proposta às categorias paralisadas.