Lucas Marchesini
Valor Econômico -
28/08/2012
Brasília - A greve parcial do funcionalismo público federal
dá sinais de enfraquecimento. Os servidores públicos do Distrito Federal, Rio e
Amazonas aceitaram ontem a proposta de reajuste de 15,8% em três anos e levarão
a posição hoje à plenária da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público
Federal (Condsef). A reunião será definitiva para o rumo da greve dos
servidores públicos federais, já que a Condsef representa 80% dos servidores
públicos federais.
Os servidores da Fundação Oswaldo Cruz também já aceitaram a
proposta, assim como os funcionários do Ministério das Relações Exteriores, que
encerraram ontem a paralisação da categoria, depois de reunião entre
representantes da categoria e a Secretaria de Relações de trabalho (SRT) do
Ministério do Planejamento no domingo. Outras categorias, como os funcionários
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Tesouro e da carreira de gestão
realizam assembleias hoje para decidir se ficam ou não com o reajuste.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários
Federais, Pedro Cavalcanti, acredita que a greve na categoria não deve passar
do dia 31 de agosto.
Outras categorias já rejeitaram o reajuste de 15,8% em três
anos, como os fiscais federais agropecuários e os auditores fiscais da Receita.
Hoje é o último dia, segundo a Secretaria de Relações de Trabalho, para fechar
os acordos. Caso a decisão não seja tomada até o fim desta terça-feira, a
categoria ficará sem o reajuste.
No Judiciário, a expectativa é por uma nova conversa entre o
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Brito, e
representantes do Executivo.