quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Não aprovação do Orçamento segura aumento dos servidores públicos


Maria das Graças Salvador
Jornal de Uberaba     -     20/02/2013





Impasse na aprovação do Orçamento de 2013 (PLN 24/12) resvala em muitos setores. Um deles é do servidor público. A Comissão Mista de Orçamento teria uma reunião na tarde de ontem, na qual poderia ser votado projeto que assegura o pagamento de reajustes concedidos a servidores públicos no ano passado, mesmo que a lei orçamentária de 2013 ainda não esteja em vigor. 


Porém, a reunião foi cancelada e não foi remarcada, segundo informações da Agência Câmara.

A determinação consta no substitutivo que o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou ao Projeto de Lei do Congresso (PLN) 55/12, do Executivo, que favorece servidores civis e militares, ativos e inativos, além de ministros de tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e a Procuradoria-Geral da República.


Vale lembrar que a Câmara Federal e o Senado aprovaram, no ano passado, dez projetos de reajustes salariais negociados pelo Executivo com servidores. Os recursos para viabilizar os aumentos foram colocados em um anexo específico da proposta orçamentária e deveriam ser liberados a partir do contracheque de janeiro, após a sanção do novo Orçamento. 


Porém, a não aprovação da proposta orçamentária pelo Congresso criou um impasse jurídico sobre a legalidade de conceder o aumento.

O Executivo e o Ministério Público da União (MPU) decidiram pagar mesmo sem a lei orçamentária estar em vigor. Os demais poderes resolveram aguardar a sanção da lei. O substitutivo do senador Antônio Carlos Valadares resolve a questão ao autorizar a utilização dos recursos constantes no anexo da proposta orçamentária direcionados para as dez leis salariais.


Quanto ao Orçamento, os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmam que o Congresso só votará o Orçamento da União de 2013 depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciar sobre a análise dos mais de três mil vetos presidenciais que estão na pauta do Legislativo. Como vários partidos vinculam a votação do Orçamento à análise dos vetos, o governo teme ser derrotado com a derrubada de vetos que podem trazer prejuízo de mais de R$ 471 bilhões ao Executivo.


A demora na aprovação da proposta poderá gerar prejuízos irrecuperáveis para milhões de brasileiros, já que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, em caso de não aprovação do orçamento, só autoriza o desembolso de 1/12 daquilo que foi enviado como custeio na proposta inicial do Orçamento encaminhada pelo Executivo. Portanto, sem a aprovação do Orçamento 2013, o governo federal não conseguirá cobrir as despesas referentes ao aumento do salário mínimo para R$ 674,96. Também pode representar prejuízos para a economia brasileira e para os investimentos porque o orçamento das estatais, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o orçamento dos ministérios para execução de projetos não poderá ser desembolsado até março.



Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra