BSPF - 24/08/2013
Reunidos em Assembleia Geral Deliberativa do Sinagências no
Distrito Federal, na noite de sexta-feira (23), os servidores das Agências
Reguladoras rejeitaram a proposta governamental, ofertada no mesmo dia, à
tarde, de reajuste linear baseado nos 15,8% mais a extinção da Gratificação de
Qualificação - GQ, atingindo o percentual de 19,1%, sem subsídio. A atividade
ocorreu no estacionamento da Anvisa.
Após a leitura do edital da assembleia, o presidente do
Sinagências, João Maria Medeiros de Oliveira, fez uma avaliação da evolução das
negociações desde o ano passado, enfatizando que ao longo desses meses
“procuramos em todas as etapas corrigir distorções, elevando o especialista em regulação
ao máximo (próximo ao ciclo de gestão); tentando garantir a paridade das áreas
meio e fim; elevar o PEC com a carreira; e elevar o percentual de aproximação
entre os níveis intermediário e superior”. João lembrou que salário inicial é
atraente, mas “o problema vem depois, com o passar do tempo”.
O presidente do Sinagências esclareceu que até ontem à
noite, provavelmente, o governo apresentaria dois cenários para avaliação na
reunião de hoje. O primeiro seria o reajuste linear de 19,1% para todos e sem
subsídio; o segundo previa a volta do subsídio, mas sem os 19,1% (seria outro
percentual). O governo recuou e apresentou apenas a primeira proposta.
Diante disso, o Comando Nacional de Mobilização orientou a
rejeição da proposta, até para ter mais tempo de articular uma alternativa,
última tentativa, mais à frente, após a realização das assembleias - que
ocorrerão em todo o país.
Giulio Cesare, dirigente da Fenasps, lembrou que “o governo
quer nos dividir mais uma vez. É só verificar os dados. Não entramos em greve
em 2012 por reajuste linear”. Giulio disse ainda que o governo não apresentou
nada por escrito, nenhuma tabela, nenhum estudo. “O PEC não aceita e crê que
pode melhorar a proposta, mas temos que caminhar juntos, sem divisões”,
advertiu.
Na mesma linha de raciocínio, o dirigente do Sinagências
Yuri Queiróz enfatizou que para “fortalecer a nossa identidade como categoria,
temos que construir um posicionamento coletivo”. Alessandro Belisário, da Univisa, ressaltou que o governo
desconsiderou “a nossa demanda pelo subsídio, não apresentou tabelas e está, no
fundo, jogando conosco”.
Após a votação, João Maria disse que a rejeição da proposta
do governo significa a “nossa dignidade. O subsídio tem que vir e vai ser
agora”, resumiu.