terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Para Fux, permitir greve de servidor público foi desatino


O Globo      -      03/12/2013




O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem no Rio que permitir que servidores públicos façam greve foi desatino dos parlamentares constituintes e que a paralisação não tem eficácia, na medida em que os prejudicados são aqueles que dependem do serviço público. Fux falou sobre o tema depois de lembrar de seu papel de mediador na greve dos professores das redes munici-r pal e estadual do Rio. Após quase cinco horas de reuniões com representantes do estado, da prefeitura e do sindicato dos professores, o ministro conseguiu um acordo para o fim da greve.

O ministro seguiu a explanação, afirmando que a greve no sistema privado é "dificílima" Em seguida, passou a falar das paralisações no setor público:

—    Mas a questão federal, no rasgo demagógico, passou a admitir greve do servidor público. Entendo que o cidadão paga os salários do servidor e tem direito à continuidade dos serviços essenciais. Foi desatino do constituinte, foi talvez tentativa de agradar às influências que se interpuseram na Comissão de Sistematização. A greve do serviço público não tem a menor eficácia porque só prejudica aqueles que precisam do servidor, na medida em que se permite corte de salários e ponto.

Fux participou de evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro e falou sobre a arbitragem e o novo Código de Processo Civil. Fez ainda uma comparação entre greves no Brasil e no exterior: — Então, greve é guerra, e os sindicatos estrangeiros bancam a guerra. Então, o funcionário não fica sem receber. Ele está lutando pelo interesse da categoria, mas tem o salário garantido. Agora, aqui não, não paga salário, não paga nada. Vai para a rua por um ideal e evidentemente tudo o quanto ele consegue é facilitar a infiltração dos black blocs.

O ministro foi homenageado ontem à noite no lançamento do livro "Sistema Constitucional Tributário — Dos fundamentos teóricos aos hard cases tributários" A obra, da Livraria do Advogado Editora, reúne estudos de renomados especialistas sobre questões tributárias julgadas em Repercussões Gerais que ainda são pendentes de julgamento na Corte

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