BSPF - 24/07/2014
Conforme a coluna revelou no domingo, somente a União paga
R$ 1,1 bilhão de abono de permanência ao ano a 98.611 servidores. Se tivesse
que contratar novos funcionários para suprir o contingente, os gastos seriam de
R$ 12,7 bilhões anuais.
O Ministério do Planejamento defendeu também que “a retenção
dessa força de trabalho garante a permanência de quadros mais experientes e a
transmissão do conhecimento do funcionamento da administração para os novos
servidores.” Os principais órgãos com maior concentração de servidor federal
recebendo abono permanência são: Saúde, Previdência e Fazenda.
Para Josemilton Costa, secretário-geral da Confederação dos
Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), no entanto, não existe
troca de experiência a partir do momento que “os servidores mais antigos não
são valorizados pelo governo”: “Na maioria dos casos os novos funcionários
ganham mais do que os antigos. Há desvalorização completa”.
Para Cristiane Gerardo, diretora do Sindicato dos
Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência (Sindsprev-RJ), a
decisão por continuar trabalhando é quase que obrigatória, já que os servidores
sofrem perdas salariais: “No INSS, há casos em que se o servidor se aposentar
perde 50% da remuneração.”
Fonte: O DIA