Lauro Jardim
Radar on-line
- 07/07/2014
O governo procura saídas para negociar com as associações de
magistrados, mas está fincado numa encruzilhada.
Além de a categoria não estar disposta a aceitar a retirada
da PEC que cria uma bonificação por tempo de serviço à turma da toga, o Palácio
do Planalto anda pendendo entre duas possibilidades assustadoras.
A aprovação da PEC representaria uma bomba de 3 bilhões de
reais por ano ao erário. Ok.
Então pode-se apresentar aos magistrados uma proposta de
aumento do teto na remuneração, em troca do sepultamento da bonificação. Mas,
com isso à mesa, há um alto risco de outras classes profissionais também
exigirem reajustes.
Outra saída seria o Executivo entubar a gratificação, mas
reduzir o piso, ou seja, o salário inicial da carreira. Mas aí o governo aposta
que os magistrados não aceitarão de jeito algum.